Ações relacionadas à gestão de resíduos e eficiência energética podem ser certificadas pelo Banco de Boas Práticas Ambientais na Indústria em MG
[30/01/2014]
Incentivar e divulgar o desenvolvimento de
iniciativas que consideram a ecoeficiência em seus processos produtivos é o
objetivo do “Banco de Boas Práticas Ambientais na Indústria”, programa da
Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) em parceria com a FIEMG. O Banco leva
em consideração as ações de empresas que organizam seus processos produtivos de
forma a garantir menor degradação ambiental, evitar o desperdício, controlar a
poluição e aperfeiçoar serviços para uma utilização menos intensiva dos
recursos naturais. Uma vez analisados os projetos, o programa reconhece as
iniciativas como boas práticas ambientais.
De acordo com o gerente de Produção Sustentável da
FEAM, Antônio Malard, o processo para inscrição é simples e prático. Empresa
que desenvolva iniciativas em qualquer tipologia de atividade econômica pode se
cadastrar. O requisito fundamental é que as práticas sejam desenvolvidas em
Minas Gerais. “Basicamente, a empresa preenche um formulário e encaminha para
análise da FEAM e da FIEMG. A equipe técnica analisa o conteúdo, verifica se é
passível de ser validado e, a partir daí, é organizada uma visita técnica para
constatar o que foi apresentado no projeto”, explica.
Depois de verificados aspectos como o retorno
ambiental e a ecoeficiência dos projetos, é chegada a fase final, na qual
ocorre a emissão de um certificado atestando que a empresa desenvolveu prática
inovadora e busca atingir os padrões de sustentabilidade. Essa referência
amplia a visibilidade e credibilidade em seus segmentos de atuação.
A primeira iniciativa reconhecida pelo programa
propõe o reaproveitamento de rejeitos da mineração. A ação foi submetida por
uma Mineradora, situada no complexo minerário da Serra do Itatiaiuçu, e foi
batizada de Projeto Areia Industrial. A partir do projeto apresentado, a
empresa consegue recuperar, anualmente, até 85 mil toneladas de areia,
quantidade que corresponde a 13% de todos os rejeitos lançados na barragem da
mineradora. Receber a certificação, afirma o gerente de Meio Ambiente e
Jurídico da Empresa, Gustavo Gonçalves, “é o reconhecimento de um trabalho que
demandou muito estudo e esforço por parte de todos que trabalharam na
implementação deste projeto, visando à sustentabilidade, a partir de um novo
processo produtivo”. Por meio da reutilização de matérias que antes eram
simplesmente descartadas e que geravam grande passivo ambiental, foi possível dar
uma nova perspectiva para esse quadro e, assim, conquistar a certificação do
programa de Boas Práticas Ambientais.
Fonte:
DOE/MG
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