Levantamento inédito elaborado pela Associação
Brasileira das Empresas de Limpeza Pública - Abrelpe aponta que o Brasil tem
hoje quase 3 mil lixões ou aterros irregulares que impactam a qualidade de vida
de 77 milhões de brasileiros.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei
12.305/10 determinou a eliminação dos lixões até 2014. O prazo inicial de
quatro anos venceu sem que a maior parte dos municípios brasileiros pudesse
atender às determinações legais.
A Bahia é recordista no número de lixões: são mais
de 300 vazadouros em situação irregular.
Brasília só tem um lixão: a 20 quilômetros do
centro da capital do país, que recebe quase 80% do lixo produzido no Distrito
Federal.
Em São Paulo, o estado mais populoso e rico do
Brasil, a maior parte do lixo vai para o lugar certo: os aterros sanitários.
Mas 14 mil toneladas de resíduos sólidos ainda vão para lixões diariamente.
No Rio de Janeiro, um dos maiores lixões do estado,
em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tem uma extensa área coberta de lixo
e entulho nas proximidades da Baía de Guanabara e dos rios que atravessam a
região. Todo esse despejo é irregular. Há ainda o agravante do material se
acumular sobre a vegetação de mangue, que é protegida por lei.
Sessenta e cinco por cento dos municípios não têm
receita específica para cuidar do lixo, uma atribuição das prefeituras.
"Num momento de crise, os municípios precisam ter a inteligência e a
criatividade de dar uma solução para a gestão de resíduos sólidos, que é uma
questão diária", destaca o Diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva
Filho.
O Congresso Nacional atropela a própria lei que
aprovou anos atrás e discute a prorrogação desse prazo sem debater como
resolver o problema.
Fonte:
AMDA