A construção da Arena MRV, estádio do Atlético a ser
erguido no Bairro Califórnia, foi tema de audiência pública ocorrida no Salão
Vermelho da Procuradoria-Geral de Justiça de Belo Horizonte. Com a presença de
promotorias de Justiça de Meio Ambiente e Habitação e Urbanismo, o objetivo
será mais uma vez discutir os impactos positivos e negativos que o
empreendimento causará na região e fazer observações a respeito do projeto.
O clube alvinegro terá de cumprir várias
condicionantes com a Prefeitura de Belo Horizonte e os órgãos ambientais
estaduais para obter a licença de implantação, considerada a segunda etapa do
processo. Ela libera a movimentação de terra e a instalação do canteiro de
obras – por enquanto, o Atlético detém somente a licença prévia, que permite a
instalação de tapumes e a limpeza do terreno.
O Galo conseguiu vitória importante recentemente,
depois que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG indeferiu o pedido do
Ministério Público de suspender imediatamente os processos de licenciamento
ambiental da arena. A decisão permite ao clube dar sequência aos trâmites para
obtenção da liberação para o início das obras, previsto inicialmente para
meados de 2018. Entraves relativos a burocracias nas esferas municipal e
estadual, no entanto, já levaram a três adiamentos. A última previsão era abril
deste ano.
O MP tem 30 dias para recorrer a instância superior.
Caso não haja manifestação, a ação se extinguirá.
VALORES
A expectativa da diretoria é de que o empreendimento
fique pronto até o início de 2022. A Arena MRV terá capacidade para 47 mil
pessoas e será financiada, em sua maioria, com a venda de 50,1% do Shopping
Diamond ao Grupo Multiplan por R$ 250 milhões. A diretoria arrecadará R$ 60
milhões com a venda dos naming rights à MRV Engenharia (R$ 60 milhões) e de
cadeiras cativas (R$ 100 milhões, com 60% asseguradas pelo Banco BMG).
Fonte: Superesportes.